Vou transcrever aqui um artigo publicado no jornal Notícias do Douro sobre Valdanta. Não vou fazer qualquer comentário, aproveitando apenas tudo quando foi escrito sobre nós. Existem alguns casos que foram ultrapassados pelo tempo como é compreenssível.
Notícias do Douro
Valdanta, freguesia com a área de 9,84 km2, uma população de 1 193 habitantes e 943 eleitores, é formada pelas povoações de Valdanta, Abobeleira, Cando e Granjinha. É Presidente da Junta de Freguesia Ana Maria Chaves Romão Moura. O Padre Augusto de Moura é pároco da Freguesia. A escola do primeiro ciclo do ensino básico é frequentada por 21 alunos distribuídos por 2 turmas e o Jardim Infantil por 12 crianças. As aldeias da freguesia produzem, abundantemente, batata, centeio e milho, além de variadas hortaliças. Em Valdanta destaca se, pela sua imponência, a igreja paroquial, contendo um belo campanário lateral e uma pedra epigrafada embutida na parede. Como é um aglomerado urbano situado muito perto da cidade, a sua construção foi sendo modernizada, restando reduzido número de edifícios com traçado antigo. Toda a região que ocupa esta freguesia poderá considerar se uma estação pré histórica, tantos são os vestígios dessa época, que foram encontrados. Mas, a maior importância é lhe conferida, sobretudo, pela estação rupestre, situada muito perto do povoado, no local denominado de Outeiro Machado. É um interessante aglomerado de rochas, com inúmeras insculturas, principalmente na maior de todas, onde abundam centenas de petroglifos com os mais variados e estranhos formatos. Entre eles distinguem se os que têm formato em cruz e em ascia, o machado que deu o nome ao Outeiro. É costume da aldeia o canto dos Reis de S. Sebastião, originado numa promessa centenária, colectiva, para que a peste cessasse de dizimar a população. Nasceu nesta aldeia o notável missionário padre José J. Barrigas, vigário geral de Singapura.
Abobeleira é de grande importância para os estudiosos da romanização pois possui uma barragem dessa época que tem sido motivo de investigação de muitos arqueólogos e historiadores, tentando descobrir qual a função principal desse equipamento. Há quem defenda a tese de que serviria para abastecer de água a Aquae Flaviae, isto é a cidade de Chaves do tempo dos romanos: enquanto que outros historiadores consideram que se destinaria àlavagem do ouro proveniente das minas de Outeiro Machado ou Bachocas. A escola do primeiro ciclo do ensino básico é frequentada por 5 alunos.
Cando por este pequeno povoado passaria uma das grandes vias romanas que de Bracara Augusta seguiria até Asturicam. Como documentos históricos, possui também esta pequena aldeia pedras com insculturas rupestres e um lagar com lagareta, também cavados na rocha. Bonito, bonito é o interior da capela da Senhora da Lapa, do século XVII com um tecto em caixotões ricamente pintados com cenas bíblicas. É nesta aldeia que funciona o Clube Flaviense de Caça e Pesca Desportiva.
Granjinha foi uma vila romana, quando essa civilização dominou esta região. Poderá imaginar se o conjunto arquitectural que nessa época aí existiria se forem analisados os achados que na sua área se encontraram constituídos por aras, mosaicos, capitéis, tijolos, cerâmicas. uma lápide com uma inscrição dedicada aos deuses Lares 12', estelas funerárias e tantos outros vestígios de romanização que se encontram no Museu da Região Flaviense. A marca da mitologia também aí se encontra figurada pela denominada Fonte da Moura. Possui esta pequena aldeia uma das mais interessantes capelinhas românicas ou mesmo visigótica. O altar da capela assenta sobre uma ara romana dedicada à Tutela do Município dos Aquifarienses.
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