A Quina (Joaquina Amaral Santos) é uma amiga de Valdanta que andou lá por fora mas regressou e está sempre presente em todas as ocasiões.
O marido, ex-moleiro na primeira presa, também se chama Zé d'Arminda, mas de Vila Nova de Veiga, do outro lado do rio.
Parabéns por mais um aniversário e votos de muitos anos de vida.
Não é para todos mas só para quem merece e a tia Arminda merece ir contando, uns atrás dos outros desde 1913, as suas primaveras.
Merece porque é uma mãe exemplar, uma filha digna, uma esposa afectiva e acima de tudo uma amiga como não se encontra em qualquer esquina.
Gostaria de lhe dizer muitas coisas bonitas e dignas da sua pessoa, mas faltam-me as palavras e o condão para me expressar condignamente. Quero apenas dizer-lhe muito Obrigado por tudo e desejar-lhe as maiores felicidades.
Bem haja, mãe.
Um beijo do tamanho do mundo.
Enquanto o calor aperta e a rematação decorre, os manos aproveitam para se refrescarem à sombra da velhinha tília no adro da igreja. Outros vão a caminho da taberna para se refrescarem de outra forma.
Deixá-los ir...
Todos o conhecem como o último carteiro de Valdanta à moda antiga.
Muita gente também o conhece pela sua ligação à música, desde as bandas "os Canários", "os Pardais", Rebordondo, Outeiro Seco e Grupo Amizade.
É o maestro Alfredo Duarte (o Cesteiro), meu colega e companheiro de escola e muitas farras, saraus de arte e boas patuscadas.
Hoje está ligado, especialmente, ao Grupo Amizade, onde é mentor, maestro, compositor e organizador.
Para o lembrar com amizade vou apenas contar uma partida que fizemos à mãe dele. Assim:
O pai do nosso amigo Alfredo era de Castelo Branco. Numa das suas deslocações à "terrinha" trouxe uns queijos de ovelha, típicos dessa região.
Eram 11 (onze) que a mãe curou e cobriu com um molho de azeite e colorau. Pô-los a secar e guardou-os para ir comendo durante o ano. Com um tamanho aproximado de 15 cm de raio e 5 cm de altura lá estavam todos guardadinhos num armário protegido por uma rede mosquiteira (mosqueiro) para os resguardar dos ratos e das moscas.
As moscas não sei mas os ratos apareceram e com a lição bem estudado.
Usava-se naquele tempo uns berços de bebé em vime com rodas de madeira, fabricados pela família "cesteiros". Para a confecção das rodas tinham, os artífices, um torno do tipo de uma máquina de costura, que funcionava a pedais. Foi o mecanismo que arranjámos para confeccionar uns queijos em madeira, exatamente, do tamanho dos verdadeiros. Primeira vitória.
A seguir era necessário dar-lhe o aspecto de queijos. Arranjámos tinta "zarcão", mas ainda não dava o real aspecto. Afinámos a pintura com mercúrio e farinha para lhe dar o aspecto de queijo envelhecido. Perfeito.
Saía um queijo do armário e entra, para a parte inferior, uma rodinha bem "decorada" e a condizer. Não se notava nada.
Cada queijo dava para 3 ou 4 lanches, até que a marosca foi descoberta, mas ainda restavam 7 pois só tínhamos comido 4.
Tivemos que nos afastar dali senão a mãe do Alfredo moia-nos o juizo a toda a hora. Tínhamos que esperar no Barral (bar Mondariz).
Coisas de rapazes e que nos perdoem os pais do Alfredo por estas e outras partidas que lhe fizemos.
O barco que sobe o Douro leva turistas e passa pela célebre quinta do Vale Meão, mandada plantar pela D. Antónia Ferreirinha e que dá o melhor vinho do Mundo denominado Barca Velha.
Dizia-se que a D. Antónia era tão "aproveitada" que só dos bagos fez 500 almudes de vinho. (do cango é que não fazia, de certeza).
Ao passar pela eclusa da barragem do Pocinho parece que encolhe.
Comemora-se hoje o dia de Todos os Santos com mais interesse na região de Chaves pois a sua feira anual é cabeça de cartaz para moradores e visitantes.
O dia de Todos os Santos antecede o dos Fiéis Defuntos e, pelo facto de ser dia santo toda a gente aproveita para dar um salto aos cemitérios e visitar os seus mortos, pondo-lhe umas flores e rezando por eles ao mesmo tempo que se matam algumas saudades dos que partiram para sempre.
Amanhã tudo se resumiá a um cortejo aos cemitérios, dar um "olá" aos que partiram e rever pessoas que estão longe e só por estes dias aparecem.
Eu recordo amigos e familiares que partiram para sempre e deixaram um cantinho no meu coração, mas recordo com mais força e muita saudade o meu pai e a minha irmã.
Para todos, mas para eles em especial vai a minha prece com um beijo de grande saudade.
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