As Raparigas do CANDO
Ali ao lado da cidade de Trajano, naquela colina aonde o Sol anuncia a tardinha, poisada qual cesta florida, está uma das ALDEIAS cuja fundação é das mais remotas, e cujos encantos mais cheios de mistério mantém.
Do Castro que aí assentou já lá vão os vestígios. Porém, desse tempo gaélico resta o nome … e, hoje, ainda alguma daquelas carretas, toda em madeira, até a roda, com que ainda não vai há muito se ia à agulheta, lá pelos baldios, ou buscar batatas, à arrecadação.
A romanização por aí passou e assentou. Um atalho da Via Roma de Bracara a Astorga ainda por aí mantém vestígios. A Fonte do Ouro guardará o nome como recordação da conquista romana.
Outrora, num passado ainda recente, ainda si viam pelas suas hortas e cortinhas os pescoços de “Cegonhas” com o baldão pendurado, a lembrar a chegada de Paris de um maninho mais novo. Os melões apaladados e as melancias suculentas, que tantas vezes encheram os cabazes embarcados na Fonte Nova para as amizades de Vila Real, faziam, e fazem, lembrar-nos da presença mourisca no CANDO gaélico-romano.
E do século XX reza a história das suas caras bonitas, de Raparigas que transportavam consigo a coragem céltica, a formosura romana, o ar misterioso suevo, o falar visigótico, e o encantamento mourisca.
Todas, e cada uma, deram nascente a lendas e histórias de enlevo e de paixão.
Quantas contadas em segredo!
Quantas vividas à luz do Sol e à luz da Lua!
E quantas sombras se perpetuam no tempo!...
AS RAPARIGAS do CANDO!.............
Luís da Granginha
Um dia convidaram-me para ser padrinho de uma menina, proveniente de Valdanta mas nascida em terras dos barões de Puna.
Foi nesta magnífica igreja denominada de Igreja de Nossa Senhora Rainha do Mundo em Cabinda que batizámos há precisamente 39 anos aquela que viria a ser pastora pelas bandas das Fontes Rucins, lá para os lados da Azinheira, conhecida por Belinha.
Esta fotografia é recente e tem um aspecto muito cuidado da sua recuperação.
Aspecto actual.
Tal como diz na imagem, é um aspecto dos anos 60, tempo em que eu andei por ali a cumprir o serviço militar.
Peço desculpa por me desviar do tema, mas não resisti a esta recordação de outros tempos.
Hoje, 15 de Agosto comemora-se a festa do Cando em honra de Nossa Senhora da Lapa.
Qual é o programa? Qual é o incentivo das pessoas? Onde para o bairrismo desta gente?
Parece-me que está tudo à espera que sejam os outros a fazer alguma coisa. Acho que no Cando ainda há muita gente para levar a cabo qualquer iniciativa que promova a sua terra e a alegria das suas gentes.
No passado dia 4 (terça-feira), também dia de aniversário da célebre batalha de Alcacer Quibir (4 de Agosto de 1578), dia em que perdemos o rei (D. Sebastião) e a independência nacional (1580) para os espanhóis (reinado dos Filipes), festejou-se mais uma vez, com modéstia mas com sentimento e devoção, o S. Domingos de Valdanta.
Na véspera, a animação esteve a cargo do Rancho Folclórico de Santo Estevão, que conta com a colaboração animada de algumas pesssoas de Valdanta.
No dia da festa, de manhã, houve missa solene seguida de procissão. De tarde fizeram-se as 3 voltinhas à igreja cantando "S. domingos de Valdanta". Fez-se a rematação das ofertas com algum brilhantismo do "arrematador Perinhau".
A noite foi de cultura e bailarico. Estiveram na animação o Grupo da Amizade, onde mais uma vez estavam a colaborar muita gente de Valdanta, (porque será?) e como não podia deixar de ser o Rafael Santos, o Marco Silva e o Nelson animaram o baile até às tantas.
Aproveito, mais uma vez, para lembrar que (é preciso ser chato!...) a nossa gente sabe e pode fazer muita coisa, por isso é preciso organizarmo-nos e fazer qualquer coisa. Lembro que vi 2 pessoas a colaborar com rancho de Santo Estevão e 8 com o Grupo Amizade, pelo menos, e mais não digo...
Quanto ao Rafael e o seu grupo, estiveram à altura dos seus pergaminhos, com um senão, - O Rafael deve ser ele próprio e não um imitador dos outros, porque vale muito mais do que isso.
O Grupo Amizade foi uma agradável surpresa, apesar da moléstia do som que foi um desastre mas que não comento. Também não se podia esperar outra coisa do entusiasmo e cultura musical do meu amigo de longa data, colega de farras, (poucos) estudos e muitas travessuras maestro Alfredo Duarte.
Esperamos que para o ano que vem haja mais.
Alguém lembrou que deveria começar a pensar-se em fazer a festa no 1.º Domingo de Agosto. Eu tenho a minha opinião mas não vou divulgá-la para não influenciar ninguém.
Pensem e analizem bem a decisão que vão tomar pois é muito importante. Ponderem todas as situações possíveis.
Com "clicks" do mesmo artista - Beto Serra - continuamos a mostrar um pouco de Valdanta em horas mortas. Começamos com uma olhadela ao nicho de S. Domingos no largo da Taberna porque "Ele" vem aí e nós vamos festejar o seu dia no próximo dia 4 de Agosto.
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