Havia um ditado popular que dizia:
- Do cerejo ao castanho, bem me amanho, mas do castanho ao cerejo mal me vejo.
Queria isto dizer que desde que começavam as cerejas até às castanhas havia sempre que comer, mas quando acabassem as castanhas e até que houvesse novamente cerejas passava-se fome.
Quero eu com isto dizer que a fome está a acabar pois já há cerejas, pelo menos no quintal do meu vizinho..
Há dias referi aqui o aniversário da Vanda e do Hugo e também a sua profissão (igual para ambos).
A Vanda terminou o curso de Medicina na especialidade de Oftalmologia no passado mês de Janeiro com uma excelente nota final que lhe valeu o convite para trabalhar num hostipal em Londres, onde só os melhores têm lugar, e ela conseguiu esse feito.
Estamos muito orgulhosos de ti e desejamos-te muitas felicidades e sucessos em terras de Sua Magestade.
Sei que os sucessos não faltarão pela demonstração que tem dado em tudo quanto se empenha fazer.
A Vanda parte para a nova missão em Londres, na próxima quinta-feira (30 de Abril).
Parabéns e felicidades.
Há coisas simples que são obras de arte e relíquias que o tempo não pode deitar ao esquecimento.
Ano de 1959. Esta é mais uma família valdantense, numerosa, como se usava na época, mas infelizmente já não estão todos, e nunca estiveram para uma verdadeira fotografia de família, pois o mais velho dos filhos já andava a aprender kimbundo lá longe, onde o sol castiga mais. O mais novo também está escondido por trás do avental azul às bolinhas brancas, ainda lhe faltavam 3 meses para dar o pontapé de saída.
Há dias, quando viajava pela Net encontrei este texto que se referia a uma pessoa natural de Valdanta e como não sou grande coisa em línguas estrangeiras publico aqui o texto tal como o encontrei.
Entendi que se trata de um filho do Joaquim "Charrua" e da Rosalina, que por coincidência são os dois Pereira e que foi o futebol a partida para a integração num novo país. Foi um vencedor no futebol "Soccer League".
Diz que não sabia inglês quando com 12 anos foi para a América e que em Valdanta não havia electricidade nem água.
Diz também que era trabalhador e bom a matemática. Retitou-se do futebol em 1982 mas continua a ser idolatrado pela cidade e pela comunidade futebolística de Weesteen Massachusetts.
Eu apenas o conheci em criança, por isso não me lembro da fisionomia dele, mas suponho que é este amigo que aqui apresento e que para nós é Fernando e não Fred. Talvez seja o diminuitivo.
Estes são os seus pais Joaquim Pereira e Rosalina Pereira.
Este é o seu irmão Mário.
Também encontrei na Wikipédia esta página referente a ele e deixo AQUI o seu link.
Peço desculpa à Lai por lhe "surripiar" as fotografias.
Valdanta é notícia pela negativa.
Em A Voz de Chaves lemos a seguinte notícia, que lametamos e concluimos que nem os muros altos foram suficientes para evitar o pior. Se não servem para guardar, para que os querem?
Valdanta – Chaves
Detidos em flagrante durante assalto a residência em plena luz do dia
Dois indivíduos na casa dos 30 anos foram detidos enquanto assaltavam uma residência em Valdanta. Um deles a cumprir pena suspensa, o outro detido já na semana passada por assalto.
O alerta foi dado cerca das 17 horas desta segunda-feira, através de uma chamada para a PSP, feita por uma vizinha da casa que na altura achou estar a ser rondada por pessoas suspeitas.
Quando a patrulha da PSP de Chaves chegou ao local apanhou em flagrante dois indivíduos, que terão saltado o muro da residência e entrado através de uma janela lateral, cujo vidro partiram, e nem os três cães que guardavam a casa conseguiram evitar a invasão de propriedade. Ao que conseguimos apurar, um dos envolvidos no assalto terá família no bairro onde teve lugar este assalto.
Em sua posse já teriam artigos em ouro, no valor de 600 euros. Prontos para levar estariam, ainda, dois televisores plasmas, de pequena dimensão. No entanto, nenhuma viatura foi apreendida, uma vez que os dois detidos não teriam, à partida, um automóvel de suporte para o assalto. Tentaram a fuga, mas foram imobilizados pelas autoridades, ainda, no interior da residência. Foram também apreendidos um canivete e uma chave de fendas.
Os dois detidos, de 33 e 34 anos, são naturais de Chaves e já são conhecidos das autoridades. Um deles estaria a cumprir pena suspensa e o outro terá sido, já na semana passada, detido por tentativa de assalto a um estabelecimento comercial, na zona do Arrabalde, junto à Ponte Romana, em Chaves. Nessa altura, além da tentativa de assalto, os dois indivíduos faziam-se transportar num carro furtado e o condutor não tinha habilitação legal para tal.
Antes da detenção, os indivíduos, que seguiam a alta velocidade, terão tentado abalroar um agente da PSP, que estaria “à civil”, e embateram na viatura policial, que entretanto iniciara a perseguição, apesar da que seguiam já estar bastante danificada.
Tal como na semana passada, os dois detidos foram presentes a tribunal e julgados em processo sumário, aguardando, agora a sentença, em liberdade.
Á conversa com A Voz de Chaves, a Comissária Ana Maria Rodrigues, apesar dos assaltos registados garante que “não há motivos para alarme. As forças policiais estão a fazer o seu trabalho, como tem vindo a ser publicado. Muitos dos presumíveis autores dos furtos são reincidentes. Chaves continua a ser uma cidade segura”.
Por: Cátia Mata
O nosso amigo Maratonista (Papa-Léguas) esteve de férias nas "Seicheles" do Alto Douro Vinhateiro.
Depois de participar na corrida da Eurocidade de Outeiro Seco, onde se classificou num honroso 18º lugar para veteranos com 1 hora e 12 minutos, resolveu descansar na famosa estância agroturística de Seicheles, vulgo Seicholas. Neste meredíssimo repouso foi acompanhado pelo Bloguista que fez as honras da casa e o brindou com um Fraga do Facho de se lhe tirar o chapéu.
Passeou pelos "Corvinhos" de Mós e acompanhou-nos num passeio em todo-o-terreno semiautomático.
Obrigado pela visita e volta sempre.
Estes são os manos, médicos da família, que, por coincidência ou pontaria, fazem hoje anos, por isso aproveito para lhe enviar os parabéns e desejar muitas felicidades e muitos êxitos nas suas carreiras de Oftalmologistas.
Também quero desejar a todos quantos nos vistam uma Páscoa Feliz.
Comeroram-se hoje 91 anos da batalha de La Lys, na Flandres Francesa, onde muitos portugueses perderam a vida naquela que foi a mais horrenda batalha da primeira Grande Guerra Mundial.
Recordo três homens de Valdanta que fizeram parte do CPE (Corpo Expedicionário Português) nesta guerra e quero-lhe prestar a minha homenagem. Foram o António Pereira (Malanga), José António Barreira e Francisco Coelho (Palmela).
Na minha infância convivi muito com o ti Malanga e com o Ti Zé António, mas este não contava muitas histórias da guerra, suponho até que mais queria esquecer do que lembrar, mas o ti Malanga (meu avô) era um verdadeiro contador de histórias. Eu, na minha inocência, não o levava a sério e a não ser um caso ou outro de que me lembre não ligava muito ao que dizia.
Quem levou tudo a sério foram os netos do nosso herói que hoje quero apresentar.
António Pereira dos Santos, natural de Amoinha Velha, concelho de Valpaços, passou para o papel aquilo que consegui e conta-nos com sentimento e paixão o que +por lá passou e sofreu.
Os netos conseguiram passar para livro o relato dele tal como o fez e acrestaram com sentido de oportunidade os dados históricos.
Apresento aqui a capa do livro e parte dos versos referentes ao dia 9 de Abril. É um livro que se lê de um só fôlego pois foi feito com muito trabalho, incluindo os dados históricos passados na época.
Aconselho vivamente a ler esta verdadeira obra de literatura e arte. Encontra-se à venda na FNAC.
Grande Guerra
O dia em que eu fui prisioneiro
A 9 de Abril em 1918
Este dia 9 de Abril;
Para mim sempre lembrado.
À meia noite fui chamado;
Dedonde estava a descançar.
Que ainda no dia entes à noite;
Das trincheiras tinha chegado.
Que já avia 6 dias;
Que eu não tinha dormido,
Nem descansado.
Era meia noite em ponto,
Pusme apé rapidamente.
E segui para as trincheiras,
A toda a pressa ás carreiras
Debaixo de fogo vivo.
Já me contava perdido;
A correr e a saltar.
As granadas eram tantas;
Que se encontravam no ar.
Parecia o fim do mundo o fogo arrebentar.
Até nem quero que me lembre;
O que ali se passava.
Numa noite tão escura;
Sem saber aonde estava.
Que terror se me metia;
Dentro do meu coração.
Quando via meus camaradas;
Caírem mortos no chão.
Os feridos tanto gritavam;
Com dores a padecer.
E não avia ninguém;
Que lhes pudése valer.
Nestes pontos me encontrei;
Toda aquela madrugada.
E já era alto dia;
E o combate não paráva.
As trincheiras já estavam razas;
De tanto fogo cair.
E nós todos aflitos;
Por não podermos rezestir.
Já não tínhamos munições,
… …
…
Uma família à moda antiga. A do ti Alfaite, pois claro, mas só com os últimos filhos a ficar em casa, faltando aqui os primeiros 4 que por esta altura, uns já andavam por Angola e outra já estava casada e a morar em Valdanta.
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