Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes. O meu endereço é "pereira.mos@sapo.pt"
Terça-feira, 22 de Agosto de 2006
Pensamento do Dia

                             Mais uma foto de Fernando Ribeiro do Blog Chaves I (Obrigado)

Deus deu:  As noites para dormir e os dias para descansar

Pensamento do sr. António (Malanga) Pereira

 



publicado por J. Pereira às 23:55
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006
O que é demais!... é moléstia.
 

Adoro tudo o que é verde. Adoro árvores pequenas e grandes de folha perene e de folha caduca, de folha mais verde e mais acastanhada, às riscas horizontais e verticais e até diagonais, (até gosto do Sporting) mas, francamente, não gosto de exageros.
Nesta colina existe como se vê um Calvário ou Via-sacra (como queiram), existe uma Capelinha em honra de Santa Bárbara, existe um Cemitério cuidado e com bom aspecto arquitectónico e… que vemos?
            Vemos o Calvário mal cuidado, meio escondido pelas árvores, não se enxerga o Cemitério e da Capela apenas se vê que existe por ali uma qualquer construção.            Para os que sempre viveram em Valdanta, este cenário não os choca porque acompanharam o crescimento destas árvores desde a plantação até à idade adulta, mas para quem vai de visita, esporadicamente, como nós, não é de todo agradável este cenário.
            Quem não se lembra desta zona e todo o espaço em volta da Capela e do Cemitério ser o local preferido e privilegiado dos passeios domingueiros da juventude de Valdanta? Lá no alto, convivia-se, namorava-se, via-se futebol, via-se quase toda a cidade de Chaves e não me digam que não era um passeio agradável. Então e agora como é?
            O Cemitério foi alargado (um mal necessário), estas árvores tiram as vistas, a praga da construção urbana chegou até junto da Capela. Este espaço, para mim o mais bonito de Valdanta, precisa de uma intervenção. Precisa de um arranjo urbanístico que modernize o local e que mantenha, com melhoramentos sem exageros, o que de bonito nos deixaram, assim haja vontade e gosto por nós próprios e por tudo aquilo que é nosso e de todos.
            Em Valdanta existem algumas coisas boas e outras menos boas mas nós, com a pretensão de colaborar de uma forma construtiva, na conservação e melhoramento da nossa terra, iremos por aqui denunciando os casos menos bons e aplaudindo aqueles que merecerem o nosso aplauso.  Até breve.
 
(Esta fotografia foi-me enviada pelo sr. Fernando Ribeiro do Blog “Chaves I” para quem vão os meus agradecimentos.)


publicado por J. Pereira às 00:18
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Sexta-feira, 18 de Agosto de 2006
A Escola do Blero (1)

O Blero e o Domingos Tripa (peço desculpa pelas alcunhas, mas é mais fácil identificá-los assim) talvez tenham sido as pessoas mais emblemáticas de Valdanta. Nunca foram grandes trabalhadores do campo ou de outra actividade. O Blero dedicava-se ao contrabando e o Domingos Tripa dedicava-se a compor uns ossos partidos ou desarranjados de alguém que tivesse tido a infelicidade de ter um incidente desses. O resto do tempo passavam-no sentados na cruz que existe no centro do largo do Povo. Poucas falas, algumas observações brejeiras e por ali iam matando o tempo.

Um dia passou por ali um estrangeiro que, porventura se dirigia ao Outeiro Machado, querendo saber informações começa por perguntar:
 - Entschuldigung, koennen sie Deutsch sprechen?
Olham um para o outro e se estavam calados, mudos ficaram. Perante tal reacção, pergunta em francês:
- Excusez-moi, parlez vous français?
Os dois olharam para ele e continuaram impávidos e serenos.
- Prego signori, parlate italiano? Tentou novamente o estrangeiro.
O Tripa mete a mão debaixo da boina, coça a cabeça, volta a olhar para o Blero e nada.
- Hablan ustedes español?
Nenhuma resposta.
- Please, do you speak english?
Nada. O estrangeiro, meio aborrecido meio desconfiado, pega na trouxa e “ala que se faz tarde”. Foi então que o Domingos Tripa se vira para o Blero, homem com fama de ter uma grande “escola”, até se falava na “Escola do Blero”, e diz:

- Talvez ainda fossemos a tempo de aprender uma língua estrangeira!...
- Mas pra quê? Aquele sabe falar cinco ... e adianta-lhe alguma coisa??!



publicado por J. Pereira às 15:56
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quinta-feira, 10 de Agosto de 2006
Arre burro!... Chó pai!...
 
No tempo da “fome”, isto é no tempo das vacas magras, havia um homem em Valdanta, suponho que de nome “Ti Sabiel” que tinha um burro já muito velho e quase a cair aos bocados.
O “Ti Sabiel”, homem na casa dos 40 anos, tinha também um filho, rapazote dos seus 12 anos, que tinha por obrigação, ajudar o pai no arranjo das terras que possuíam.
Naquele ano, o Inverno estava a chegar ao fim e era preciso começar a tratar do amanho das terras para as sementeiras da Primavera. O único animal que possuíam para fazer o serviço era precisamente o tal burro, velho, a cair aos bocados e que já não dava conta do recado.
Depois de muito pensar, o “Ti Sabiel” resolveu ir à feira dos “8” a Chaves e comprar outro burrito que fizesse uma “junta” com o que tinha e assim pudesse dar início ao tão urgente trabalho das terras. Com o dinheiro que tinha, apenas conseguiu comprar um burrito novo, ainda por acabar de criar e que ainda não trabalhava.
O “Ti Sabiel” bem experimentou, dum lado e do outro, mas não conseguiu fazer a tal “junta” que tanto precisava. Como não era homem de deixar por fazer aquilo de que tanto precisava, chamou o rapaz e disse-lhe:
-Tu lavras aqui com o arado que eu puxo com o burro.
Se bem o pensou, melhor o fez. Pôs o jugo ao burro e ele do outro lado.
Tudo a postos, começaram a lavrar, mas o “Ti Sabiel” tinha muito mais força que o burro e andava sempre mais à frente, então o rapaz lá ia conduzindo a “junta”.
- Arre burro!... Chó pai!... Ó reee….go!...
- Arre burro!... Chó pai!... Ó reee….go!...
- Arre burro!... Chó pai!... Ó reee….go!...
O pai tanto ouviu aquela lenga-lenga que atirou com o jugo e diz para o filho:
- Pica o burro, carago, que o pai bem vai!


publicado por J. Pereira às 10:37
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Terça-feira, 8 de Agosto de 2006
Outeiro Machado

O Outeiro Machado é uma estação arqueológica de arte rupestre situada na Serra do Boqueiro localizada apenas a 5 quilómetros a oeste de Chaves, na freguesia de Valdanta, sendo a sua via de acesso a estrada que liga Valdanta a Soutelo.
Foram achadas gravações na pedra granítica de cerca de cinco centenas de sinais, de tipos e formatos diversos: cruzes, colheres, ferraduras, pás, entre outros, sendo alguns particularmente esquisitos. 
O Outeiro Machado consiste num rochedo, com forma alongada, que emerge do solo. A sua altura não ultrapassa os 3 metros, tendo cerca de 18 metros de comprimento e um máximo de 6 metros de  largura. (ver Circuitos Culturais).

Para nós, os naturais de Valdanta, o Outeiro Machado não é nada disso, mas muito mais do que isso. Era um local de visita em grupos de jovens alegres e namoradeiros aos Domingos, principalmente na Primavera. Era ponto de reunião quando no Inverno tinhamos o gado a pastar por perto. Era motivo para contos e lendas de mouros e mouras encantadas, potes de ouro e outras fantasias e crenças. Era o sítio mágico de encantos e desencantos de uma juventude amiga, sem vícios e muito, muito alegre.



publicado por J. Pereira às 11:18
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 7 de Agosto de 2006
Brasão

Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República III Série de 19/02/2003

Armas - Escudo de prata, com uma anta arqueológica de azul, realçada de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de verde, firmado nos flancos e nascente de um pé ondado de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ VALE DE ANTA “.


sinto-me: Apaixonado

publicado por J. Pereira às 17:21
link do post | comentar | favorito

Sobre Valdanta

 Não há muito a dizer sobre Valdanta. Não, porque falte matéria ou de que falar, mas aqui propunha-me falar das suas raízes e história, e é aí precisamente que os dados escasseiam. No local onde resido não me é possível fazer grande recolha de dados, mas espero que outros conterrâneos me ajudem. Também não é essa a minha especialidade ou formação, por isso adorava que alguém o fizesse por mim. Mesmo tendo em conta tudo isto vou tentar descrever a minha freguesia. Assim:

Valdanta ou Vale de Anta, (como gostam os outros de lhe chamar), é uma freguesia do concelho de Chaves com 9.84 Km2 composta pelas aldeias de Valdanta, Abobeleira, Cando e Granjinha, situada a sudoeste de Chaves donde dista 3 km e tem cerca de 1200 habitantes.

Existem na freguesia três monumentos com grande interesse histórico: Capela da Granjinha, Barragem Românica da Abobeleira e o Outeiro Machado. A não ser a Capela da Granjinha de nenhum outro existe cadastro ou alusões, o que é uma grande pena, esperando que em breve tudo isso exista.

As suas gentes caracterizam-se pela hospitalidade, alegria de viver e conviver, não são conflituosos e são bastante dotados futebolisticamente. São de alta qualidade os produtos da terra (vinho, batata, feijão centeio e produtos hortícolas), assim como os derivados da carne de porco (presunto, salpicão, chouriço e alheiras). O pão centeio, o folar e a bola de carne são produtos gastronómicos muito apreciados.

Por hoje fico-me por aqui. Um abraço para todos.



publicado por J. Pereira às 12:32
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 4 de Agosto de 2006
Apresentação

Algures, 4 de Agosto de 2006

 

Hoje, dia de S. Domingos, achei por bem fazer uma coisa, que há muito andava a intrigar os meus pensamentos mais afectivos referentes à terra que me viu nascer, criar este Blog sobre Valdanta.

 

Não tenho a ambição de chamar a mim, exclusivamente, a tarefa de divulgação da terra de que tanto gosto, até porque estou ausente há mais de 40 anos, mas ajudar, com o meu humilde contributo, a conhecer com estórias, fotografias, comentários e divulgação de cenas da vida real que eu sei e que espero vir a saber muito mais, sobre nós e os nossos antepassados, divulgando, principalmente aos ausentes, a nossa maneira de ser e sentir.

 

Pretendo prestar homenagem a todas as pessoas que, por alguma razão, fizeram com que não nos esquecêssemos delas.

 

Agradeço desde já toda a colaboração e envio desde “Algures” um grande abraço para todos.

 

José Pereira



publicado por J. Pereira às 14:52
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

J. Pereira
Março 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
28
29
30

31


blog-logo
Flavienses TT
posts recentes

Uma Matança em Valdanta

Mais reis

Os Reis de 2013 cantados ...

S. Domingos

Cantos da minha paixão

O Folar de Chaves

Neblina até Curalha

Grupo AMIZADE

CALDO DO POTE (para o Nov...

Boas Festas

O Cando com Encanto

Valdanta está em festa

Festa de S. Domingos - Pr...

Um amigo está doente

“Maldição de S. CAETANO(?...

Xinder

Princípio do Fim

Brincadeiras

UMA PÁSCOA EM TEMPO DE CR...

Missa de 7.º Dia

Recantos da minha Terra

Geração à Rasca

Valdantenses por outras p...

A Primavera vem aí

S. Domingos 2011

Amendoeiras em Flor

Reflexos

Tive Sorte

Recantos

Beleza de Valdanta e do M...

Esclarecimento

O recreio da minha escola

Um bom serão

Torneio de FUTSAL

Os Reis

Hoje é dia de Reis

Feliz 2011

Feliz Natal

Matança do Reco na ABOBEL...

O Blero

G. D. de Chaves (anos 50)

4.º Aniversário do Blog

S. Domingos - Resumo da s...

Ovelheiro

Igreja da Abobeleira

Nadir Afonso - Doutor Hon...

Encontro dos Bloguistas d...

Recanto de Valdanta

A D. Maria Isabel faleceu

É preciso ir aos treinos

arquivo

Março 2013

Janeiro 2013

Agosto 2012

Maio 2012

Março 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006