Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes.
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Quinta-feira, 19 de Abril de 2007
Regresso

Chamei "Regresso" a este belo postal conseguido e cedido pelo meu amigo Dinis Ponteira e é com um poema de Miguel Torga também chamado "Regresso" que eu vou decorar os sentimentos de paz, amor, alegria, nostalgia e silêncio expressos nesta imagem.
Regresso
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Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, da distância!
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Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o deterro esfarelou.
.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraiso.
(Miguel Torga - Natal de1951)
De Celestino a 19 de Abril de 2007 às 01:53
Ó Lua que vais tão alta
Redonda como um tamanco
Ó Maria traz cá a escada
Que eu não chego lá com o banco
De Celestino a 19 de Abril de 2007 às 02:10
Alguém faz alguma ideia de por onde andará o SexMachine de Niu Bedford?
Esse Val Daltónico duma figa "pisgou-se" com H5N1.
Vamos enviar-lhe um Oporto para lhe aclarar a voz?
Será que já se "Trespassou" para o outro lado?
De Tonho a 19 de Abril de 2007 às 12:54
O Miguel Torga era um daqueles "verdadeiros transmontanos".
é de ler!!!
De Tupamaro a 19 de Abril de 2007 às 13:04
Ó Zé! Como não há-de ser um Romance o seu Blogue?!
Os títulos de cada capítulo são sempre luzes de inspiração e comtemplação.
O afável e simpático comentador, sr.Celestino, tem de se resignar a este fado Valdantês - do Amor, da Amizade e da Saudade!
Deixe-me inscrever as linhas que o seu comentário e o dele me ditaram:
-Embora terra de gente ilustre e ilustrada, nem todos somos engenheiros, doutores, padres ou professores.
Os Valdantenses andam felizes com os seus Blogues, e dizem-no com as palavras e modos que aprenderam.
Sentimentais, às vezes até «inconvenientes», e outras «mal compreendidos», encontraram nestes espaços uma oportunidade para que «se desse conta de cada um», para “o sentimento de si”.
Os comentários nos Blogues, em geral, e no “Valdanta”, em particular, são uma oportunidade de «testemunho» da existência daqueles que neles se revelam.
Estes laivos de «cartas de Carlos a Joaninha» são relíquias de um passado ainda recente em que os Valdantanos davam sentido à vida com expressões apaixonadas de carinho, dedicação, amor e solidariedade.
Para não ser longo, deixe-me só lembrar-lhe o bucolismo, por exemplo, de uma viagem que algum vizinho tivesse de fazer até Vila Real, Lisboa ou Brasil, ali pelos anos 40.
Aparelhava-se a burra a preceito, e uma comitiva acompanhava, com ar domingueiro e prestimoso, o(s)/a(s) viajante(s) até «ao cais» da Fonte Nova.
Foi aí, nesse famoso e saudoso apeadeiro de boas memórias, que Doppler descobriu e interpretou o seu célebre “efeito”.
O apito do comboio, ao aproximar-se, de súbito agitava os passos e as conversas dos que partiam e dos que ficavam.
A D. Lucindinha mantinha firme o sinal, ao trem, de “paragem obrigatória” e sorria com indulgência perante a demora atrapalhada pelas emoções das despedidas.
Na curva do Matadouro, o comboio voltava a apitar demoradamente.
E, até ao alto da Forca ou ao Giestal, os lenços não paravam de colher lágrimas de saudade.
Com um regresso, os lenços ensopavam-se com a alegria.
Na “grade de cristal” dos sentimentos dos Valdolménicos ainda permanecem átomos dessas tradições e dessa maneira de louvar a Vida.
Os «contribuintes» deste Blog «entram» com o que podem, sentem e sabem.
De certeza que o «Chefe», e todos os visitantes, contente ficaria se o sr. Celestino e outro amigos aqui publicassem outras formas de expressão, sentimental, artística, filosófica, teatral, sabe-se lá que mais!
Pois fale-se lá do Ping-Pong, da pesca submarina, das viagens à Lua ou de Plutão ser ou não ser, mas deixem os Valdantinos ser como são!
Saudações amigas para todos.
Tupamaro
P.S.- E até já um beijinho sobejou para o sr.Celestino!!!
É com alrgria que leio este título Regresso, porque é bom sinal continuar a ver os seus trabalhos.
Um abraço
Dinis
Juntar essa foto ao poema de Miguel Torga foi algo de Divinal.
Só posso dizer - Parabéns J. Pereira
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