Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes.
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Há precisamente 1 (um) ano nasceu este humilde espaço dedicado à freguesia de Valdanta. Foi numa altura menos boa da minha vida pois tinha perdido recentemente, em circunstâncias trágicas, a minha irmã Laida e foi com o coração e a alma despedaçados que me propus fazer algo interessante pela terra que me viu nascer pois, como dizia Zeca Afonso, “Só se lembra dos caminhos velhos quem tem saudades da terra”. Propus-me contar estórias, fazer comentários, mostrar imagens e até dar notícias sobre Valdanta e as suas gentes, principalmente para quem vive longe e tem saudades da terra.
De tudo aconteceu um pouco, com venturas e desventuras, momentos de alegria e boa disposição, de tristeza e raiva lá se foi construindo este espaço que, muito me apraz referir, foi reconhecido e acarinhado por toda a gente, residentes e ausentes, de perto e de longe, basta olhar para o número de visitantes que fizeram o favor de olhar para nós (mais de 39.000), embora esta contagem só tenha tido início no dia 1 de Novembro.
Fiz muitas, boas e novas amizades, reencontrei amigos que há mais de 40 anos não via, comuniquei com conterrâneos distantes que vivem a muitos milhares de quilómetros das suas origens e que viram neste Blog um ponto onde matar muitas saudades e até fui homenageado e acarinhado por familiares, amigos, ex-colegas de escola, bloguistas da região de Chaves e até pessoas simples e anónimas.
Foi, de facto e sem sombra de dúvida, um ano muito positivo e com uma experiência de vida digna de louvar, pois até consegui fazer que alguém que se tinha afastado definitivamente das suas origens aqui voltasse mas com um amor e paixão redobrados.
Fui atraiçoado pelo meu estado de saúde em dois momentos críticos, o último dos quais há cerca de quinze dias, pois fui de urgência para o Hospital de S. Francisco Xavier em Lisboa onde estive internado 12 dias mas, graças a uma equipa de profissionais espectacular, estou a recuperar positivamente.
Graças a esta situação anómala não me é possível estar hoje em Valdanta para dar a minha voltinha em volta da igreja paroquial e cantar ao S. Domingos de Valdanta fazendo prova da minha fé e do meu encantamento pelo nosso Padroeiro.
Tenho notícias de que as coisas da festa não estão a correr da melhor forma pois a Procissão foi encurtada e até nem passou pela zona histórica da aldeia. Sei que não há qualquer divertimento nem motivo para estriar uma “roupa nova” ou deitar um foguete. O mesmo não direi para beber um copo ou comer um almoço melhorado. Haja ALEGRIA!...
Apresento-vos uma imagem do S. Domingos de Gusmão ou de Valdanta, como queiram, com votos de que para o ano seja melhor e para isso já recebi promessas dos referidos mordomos.
Daqui, das fraldas da serra do Reboredo, envio um abraço e o meu agradecimento para todos e a promessa de continuar conforme posso e sei a mostrar a nossa terra.
BEM HAJAM
José Pereira
De José Costa a 10 de Agosto de 2007 às 18:51
Em primeiro lugar, o desejo de uma boa e rápida recuperação. A seguir, quero dar-te os parabéns pela feliz ideia que tiveste na criação deste espaço que está a revelar-se como pólo aglutinador dos Valdantenses. Aos poucos, penso que todos, ou quase todos, darão “sinais de vida”.
Estou longe e, como não tenho fotos nem notícias para enriquecer o teu blog, mando-te este poema dedicado a Valdanta, que pretende retratar as sensações e emoções de todos os filhos da terra, ausentes, quando a ela regressam.
Chegada a Valdanta
A longa viagem
Já vai terminar,
Está perto do fim,
Estou mesmo a chegar.
O cansaço é grande,
A ansiedade também,
Falta muito pouco
P’ra te ver Terra Mãe.
Tantas saudades
Que tive de ti,
Desde o triste dia,
Quando de cá saí.
E ao ver as casas
Na encosta da serra
A emoção é tanta!...
Choro de alegria,
Estou na minha terra!
Cheguei a Valdanta!
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