Estas casas com entrada directa pela via pública, de varanda e escada viradas para a rua são típicas de quase todas as aldeias trasmontanas e, além do acesso directo à habitação, são também, como que uma sala de estar e de visitas da comunidade, pois aqui se estava com os vizinhos, amigos e até visitas. Daqui se via e se apreciava o que se passava na vizinhança.
Era por aqui que se fazia a circulação e serventia entre os baixos da casa (loja), normalmente destinados a arrumações dos produtos agrícolas e ao alojamento dos amimais domésticos e a zona residencial. Enfim, era por aqui que passava toda a lide caseira e familiar.
Um dia, a dona de uma casa destas (não esta) levava uma "abada" de batatas para os porcos, mas ao apanhar o avental também apanhou a saia e, como naquele tempo poucas mulheres usavam cuecas, esta também não trazia nada por baixo, deixando tudo "ao léu".
A vida da senhora não estava a correr bem e estava muito aborrecida. Desespedada, gritava pela escada a baixo, barafustando:
- Isto é uma desgraça!... Isto é uma desgraça!...
O Blero que, por acaso, ia passando por ali na sua volta costumeira, olhou para ver qual seria a desgraça. Fungou, mirou melhor, tossiu e com aquele sorriso malandro diz para as "cuscas" que também se tinham aproximado para saber da desgraça:
- Não é desgraça nenhuma!... E volta a fungar.
- Tem-a no mesmo sítio da minha mulher!...
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