Quem havia de dizer? Crise? Porquê?
Com tanta coisa boa que tem acontecido, como poderia alguém pensar que tanta fartura daria em crise?
Depois de tudo a que se tem assistido, apenas me interrogo se tudo o nos tem sido oferecido como bens adquiridos ou galhardamente conquistados, não é o suficiente para afastar qualquer crise de estimação ou outra que apareça. Senão vejamos:
- Se não estou satisfeito com o (a) meu (minha) companheiro (a), troco com o vizinho do lado ou outro e sorrio. Vivo feliz.
- Se, após umas horas de bem bom com a minha companheira ou outra qualquer, aparece um indesejado, vou ao hospital mais próximo e mandam-no às urtigas. Comodidade… continuo a ser feliz.
- Mas, se estiver doente, tenho a possibilidade de ir a Lisboa ou ao Porto tratar-me, à minha custa se for uma enfermidade provocada por um efeito comum, tal como, trabalhar ou provocada pelos desgastes da vida, mas de helicóptero ou naqueles carros do INEM todos artilhados, se tiver andado nos copos e tiver um acidente. Se estiver infectado de SIDA por ter andado a fazer coisas bonitas com muito prazer, ou não…, se pelo consumo de drogas ilegais.
- Se até já posso casar com um gajo qualquer, não importa se casa ou não casa com o sexo a que pertenço. Custa-me a entender como é que se casa sem casar. Enfim, modernices…
- Se, por acaso, não estiver satisfeito com a minha performance, mudo de sexo e se, na volta não ficar satisfeito com a mudança, faço inversão de marcha e volto à primeira forma. Coisas do progresso.
- Não sou crente em coisas do outro mundo ou em mesquinhices tacanhas de quem pensa como há dois mil anos, mas tenho os feriados da Páscoa para umas mini-férias, fazer uma visita à terrinha e encher as bentas daquilo que já só os parvos e que não sabem fazer mais nada, ainda fazem, um bom folar ou um bom borrego assado no forno a lenha. Gozo a Páscoa, em vez de a celebrar e vou para uma organização secreta que é tão boa, tão boa que até é secreta.
Alguém falou em produzir, ou criar riqueza? Não, porque isso não é preciso. Como é que me vou dar a um trabalho desses?
Sou retrógrado, atrasado, saloio, tacanho, das brenhas da serra, de lá de chima, incrédulo em modernices, céptico, não estou na moda. Dizem vocês. Deixá-lo, mas continuo puro, activo, honesto, trabalhador, amigo do meu amigo, fiel aos meus princípios desde o berço, incorruptível nas minhas atitudes e orgulhoso daquilo que sou e da minha gente.
Por isto tudo e, como quem clama, espero que nesta Páscoa haja um renascimento da vida, nasça a luz da esperança numa vida digna e sem mentiras. Espero que esta Páscoa seja um tempo de felicidade e traga orgulho nos valores morais que devem regressar, de honestidade e da verdadeira amizade. Vamos celebrar a Páscoa de todos e da verdade com abertura e sem os preconceitos daqueles que falam de coisas muito boas mas são secretas e ninguém, a não ser os próprios, sabe o que lá se passa. Aí, eles criaram a crise que todos temos que suportar.
Vamos dar a volta por cima, pois não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe, diz o povo sábio e soberano.
UMA PÁSCOA (a verdadeira) FELIZ PARA TODOS.
Conterrâneos
Amigos
Os meus Artistas
Aldeias de Chaves
Aquela que eu tanto Adoro - Angola
Por Trás-os-Montes
Associação dos Caçadores de Mós
Escolas
Escola de Esqueiros - Esqueirinhos
Interesse Público
Notícias Regionais