Este amigo é mais um Pereira de Valdanta, Domingos Pereira, filho do ti Damião "Maçacuca" Pereira e que de muito novo partiu para outras paragens do outro lado do Atlântico.
Saiu de Valdanta muito novo e num barco a vapor rumou a Terras de Vera Cruz, onde aportou na baia de Guanabara. Por lá "moirou" durante alguns anos até procurar, mais a norte, as terras do "oncle Sam" e aí tem permanecido.
Como todos os emigrantes, também, um dia, voltou à "santa" terrinha, para matar saudades e ver amigos e familiares.
Vimo-lo por lá por alturas do S. Domingos de 2008, mas só agora, por razões diversas, foi possível trazer aqui a nossa homenagem.
Desejamos-lhe as maiores felicidades emuita saúde.
Hoje apenas quero mostrar algumas pessoas especiais nos Reis de S. Sebastião. Gente que está sempre na linha da frente, por isso a nossa homenagem.
Aqui é o senhor João Cruz da Granjinha, ou do Cando, como quizerem, mas que, apesar dos azares e agruras que a vida lhe tem proporcionado, está sempre pronto para tudo e a fazer questão de ouvir cantar e com a mesa sempre pronta.
O senhor João da Abobeleira sempre presente, nesta e noutras ocasiões. Pode-se contar sempre com ele.
O Lelo do Parada, que veio do Canadá para animar as hostes.
Um neto do ti Zé António Barreira.
Os filhos do senhor João Cruz, uns Morilhos por excelência e bons animadores da tradição.
O senhor presidente da Junta de Freguesia de Valdanta, animador e defensor das tradições. Contamos com ele para que a tradição não acabe.
O "Silva", Armando Coelho. Silva porquê? Trabalhador incansável ao serviço da comunidade.
O Pedro Jorge, veio do Canadá e deu a volta completa com o saco das esmolas.
A senhora Alda Pereira presenteou-nos com a sua presença e fez parte da equipa de trabalhadoras que graciosamente serviram os cantadores. A presença dela lembra-nos sempre aquele que foi um dos melhores jogadores de futebol do Desportivo de Chaves. Para o Alexandre (Valdanta), a nossa saudade.
A Quina aparece sempre para animar o bailarico final da festa.
Os Reis de S. Sebastião 2010
“Cada roca tem seu fuso assim como cada terra tem seu uso”. Este ditado muito antigo e verdadeiro diz bem das tradições populares de cada terra ou região.
Existe a Senhora do Engaranho, a Senhora do Almortão, a lenda da fonte de moura ou da fonte do ouro, as gravuras do Outeiro Machado ou de Foz Côa, e, nós temos a tradi-ção de cantar os Reis de S. Sebastião.
Esta tradição secular com base numa promessa das gentes crentes da freguesia de Val-danta para que S. Sebastião lhes protegesse as suas crias das pestes que as atormenta-vam, tomou proporções e estatuto de cerimónia e património de todos.
Nestes tempos modernos que atravessamos muitas coisas mudaram e se extinguiram ou estão em vias de extinção. Penso que há muita gente por Valdanta que já está farta des-tas festas e já se começa a ouvir frases como esta “não dou dinheiro para sustentar pan-çudos” ou “quem quer ir deve ir comer a sua casa, por isso não dou dinheiro para come-zainas”.
Quem pensa assim está enganado, pois se toda a vida houve quem assumisse o “cantar dos Reis” com as suas fracas posses e fazia a festa conforme podia, hoje há muita gente que não quer ter despesas e toda a gente entende que assim deve ser, por isso a Comis-são fabriqueira da paróquia de Valdanta com o apoio da Junta de Freguesia em boa hora tomou a iniciativa de organizar e cantar os Reis, e isso já há algum tempo que vem acontecendo e eu repito, em boa hora, mas há sempre quem critique e que ache que há politiquice no assunto e que isto é para favorecer este ou aquele partido.
Eu defendi e defendo a criação de uma Associação apartidária que sirva para estas e outras coisas boas da nossa tradição popular. É claro que este caso tem que ser iniciado a partir de Valdanta com gente residente sem interesses político-partidários.
Vejo com agrado, mas ao mesmo tempo alguma tristeza que várias pessoas de Valdanta fazem parte do Grupo Amizade com muito valor e dedicação. Porquê, não há um grupo em Valdanta? Porque não há uma organização que tome isso a seu encargo. Porquê, é necessário haver desentendimento todos os anos para que os Reis sejam cantados?
Vamos ao assunto sem medo ou preconceitos e teremos, no futuro, muito mais prazer e orgulho na nossa freguesia.
O certo é que a tradição, mais uma, vez foi cumprida.
O repórter começou tarde e pela capela da Granjinha.
Na Granjinha há sempre um lugar especial, a casa do sr. Cruz. Um abraço para ele e que as suas melhoras sejam rápidas.
A alegria foi constante durante todo o dia.
Até nas Casas dos Montes gostam de nós.
Pausa para o almoço. Parabéns ao mestre e suas "partenairs".
Na Igreja Paroquial é momento solene.
Na casa do sr. Alberto também foi cumprida a tradição.
O repasto dos guerreiros.
Aqui até o cozinheiro tocou e cantou.
Por fim as senhoras que ajudaram colaboraram na festa.
Para o ano que vem haverá mais concerteza.
No próximo sábado vamos percorrer a freguesia de Valdanta batendo a todas as portas para cantar os Reis de S. Sebastião, uma tradição que remonta a tempos muito antigos, de que ninguém sabe ao certo quanto tempo, mas que é importante não terminar e não deixar esmorecer o entusiasmo das pessoas, por isso eu vou lá para ver mais de perto a minha gente.
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