Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes. O meu endereço é "pereira.mos@sapo.pt"
Domingo, 26 de Outubro de 2008
O meu Cantinho

 

Não vou fazer grandes comentários sobre este cantinho. Apenas digo que era o meu cantinho das brincadeiras de criança dos meus primeiros namoricos e de muita nostalgia.

Também dá para as casas da tia Luíza, da Ana do Roque e do ti Barneque, além da entrada da cozinha da minha casa.

 



publicado por J. Pereira às 22:28
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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2008
Conversa com Zeus

CONVERSAS   COM   ZEUS

-III-

 

OS  FIGOS  DA  VALDANTÁLIA

 

 

 

 

Viajámos para a Tamegânia, e aportámos à capital da GROIVALÂNDIA.

Ancorámos no «Largo do Forno do Pobo», e uma afanada figueira, carregadinha de balhadoiços, estava mesmo a desafiar-nos com uma galha penduradinha para a estrada.

Gatinhámos pelo muro, e lá conseguimos chegar a um figuito dos quatro que nos pareciam estar mais à mão.

O pecado ao «não roubarás» (nós estávamos a rapinar!) bradou aos céus.

E Zeus veio ao seu varandim espreitar.

Topou-nos logo.

E ainda não tínhamos posto o pé no chão   -  estávamos a acabar o quarto figo e a desistir de todos os outros, por «estarem verdes»    -    e já Zeus nos tinha posto a mão no braço.

Com aquela franqueza já habitual entre nós, atirei-lhe, como que justificada desculpa:

- Tens a mania de dar FIGOS a quem os não quer comer!

E Zeus respondeu-me:

- Pelo toque de alarme de pecador da sineta logo vi que eras tu!

- Receei que desses um trambolhão, depois não podias «VIR AOS SANTOS», e aqui estou.

 

Para quem não sabe, Zeus também é malandreco. Como já o conheço de  ginjeira, apanhei-lhe aquele trejeitozito de fiteiro quando diz uma verdadezinha para esconder outra.

Provoquei-o à maneira dos Valdantinos:

- Bem m’eu finto!

 

- Bem, bem!  -  começou Zeus. Na verdade, eu estava assim com uma impressão aqui na boca do estômago e nem sabia o que havia de meter à boca. A fartura que via à minha volta não me despertava o apetite.

Olha, ainda bem que pecaste. Abençoado sejas!!

É que ao chegar ao varandim e ver onde tu estavas logo dei conta que, afinal, o que me estava a apetecer era mesmo uns figuitos maduros, bonitos.

Esta figueira está carregadinha, mas os de comer estão muito altos e tu não lhes chegas.

Anda. Vamos a um sítio onde o guloso do TORGA se regalava, sempre que vinha às Freiras. Lá, mesmo do chão, é só apanhar e meter p’rá boca.

O local do crime é na GRANGINHA, no Quintal do (sr.) CRUZ, conheces?!

Com um carolo de pão centeio, vamos comer uma abada deles!

 

Zeus é «um tipo porreiro». É um deus endiabrado. Está sempre pronto para uma tainada ou para uma canelada.

Mal pus o pé no chão já estávamos no portão do nº 17, Rua da Amoreira ou Central(?), ao Largo da CAPELA  DA  GRANGINHA, na G R A N J I N H A.

Não vos digo, nem vos conto!

Mas ZEUS é cá um comilão de figos!....

 
 
 

Tupamaro

 



publicado por J. Pereira às 21:02
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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2008
A Rosa e o Lelo

 

 

 

Estes amigos são a Rosa e o Lelo que já há muitos anos não via. Ajudei a casá-los e depois partiram para o estrangeiro. Primeiro o Lelo para a França, mas o destino levou-o até à terra do tio Sam, já com a companhia da Rosa.

Por lá têm vivido, onde angariaram um pé de meia que deu para fazer a sua casa à pequena aldeia transmontana que os viu nascer (Valdanta) e que é o seu orgulho, a sua vaidade e a sua paixão.

Fizeram questão de ma mostrar e eu fiz-lhes a vontade e agora chegou a sua vez de ter honras de internet.

Desejo que ambos tenham muita saúde e anos de vida para a gozar.

 

 



publicado por J. Pereira às 15:00
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Quinta-feira, 16 de Outubro de 2008
Fonte da Estrada

 

Há uns tempos atrás denunciámos, aqui, o estado lastimoso em que se encontrava a Fonte da Estrada, mas hoje viemos, aqui, mostrar que foi feito um trabalho de recuperação limpeza e colocação de grades de protecção.

Existimos para isto mesmo denunciar o que está mal e mostrar tudo quanto de bom for feito para bem de todos.

Não nos aventuramos a pensar que tenha sido por causa da nossa denúncia que as obras foram feitas, mas se assim foi, agradecemos por nos levarem a sério e por isso acharmos que vale a pena chamar a atenção dos responsáveis pelos destinos da nossa freguesia.

Não nos aventuramos a pensar que tenha sido por isso, porque se assim fosse, perguntamos: - Porque não consideraram os outros casos que por aqui vamos denunciando? 

 



publicado por J. Pereira às 21:30
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Terça-feira, 14 de Outubro de 2008
Melhoramentos para o Clube de Caça e Pesca

 

 

Fui ver as vindimas e deparei com este trabalho, deveras curioso, a pavimentação da rua de acesso ao Clube de Caça e Pesca de Chaves que, como todos sabem, se situa na freguesia de Valdanta, lugar do Cando.
Esta pavimentação nada teria de anormal se as gentes do Cando e da Granjinha estivessem servidas deste enorme bem público e não andassem, há que anos, a reclamar por acessos condignos entre as duas aldeias e entre a Granjinha e sede da freguesia.
Passei pelo Cando para ver quem andava a vindimar e dirigi-me à Granjinha e qual foi o meu espanto e até exclamei um “Ah!...” de satisfação quando ao passar pela casa do Meida vi que havia asfalto fresco. Mas que desilusão e tristeza tão grande s se apoderaram de mim quando passados poucos metros vi que tudo isto não passada de uma mentira pura e simples.
Com tudo isto não quero dizer que os caçadores não tenham direito a ter os caminhos para a caça pavimentados. Até acho que seria muito original que todos os trilhos de caça fossem dotados de um pavimento condigno para que os caçadores não dessem cabo dos seus “todo-o-terreno” que por acaso até nem são nada baratos, nem dessem cabo das botas apropriadas compradas em casa da especialidade. O que acho muito estranho é que as pessoas que moram na Granjinha e que tenham que tratar de qualquer assunto na sede da Freguesia, como por exemplo pedir uma declaração de residência na Junta de Freguesia tenha que ir a Chaves e depois ir a Valdanta. Quem de Valdanta, Cando e Abobeleira tenha assuntos ou interesses na Granjinha tenha que andar a inventar caminhos para chegar ao destino.
Pensem só neste pormenor: -Morre uma pessoa na Granjinha e, por não haver alternativa o defunto terá que ser levado para o cemitério de Valdanta. O agente funerária que não quer dar cabo do seu carro vai pela estrada asfaltada que existe e então vai até às Casas dos Montes e depois para Valdanta com o respectivo cortejo fúnebre atrás dele, ou então as pessoas vão por um lado e o defunto vai por outro acompanhado apenas por quem tem carro.
 
 
Para mim a freguesia de Valdanta continua a ser um todo composto por 4 aldeias todas com os mesmos deveres e com os mesmos direitos e que todas devem ter as mesmas condições de vida pois quando o sal nasce é para todos e não vamos dar aos de fora regalias que nós não temos, pois temos que pensar bem a nossa terra para poder dar também qualidade aos de fora porque isto de dar tudo aos de fora e deixar-lhe fazer tudo com prejuízo da gente local já chegam os muros altos das vedações das casas dos de fora para que ninguém os veja. Parece-me que não metemos medo a ninguém.
Também não entendo porque é a população residente de Valdanta é quase o dobro dos eleitores, mas isto é assunto para outra conversa.


publicado por J. Pereira às 13:38
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Sábado, 11 de Outubro de 2008
Vindimas V

 

E pronto vamos dar terminada a nossa missão de divulgar as voltas de uma vindima.

Se calhar é pelo facto de dar tanto trabalho que o vinho é dos bens mais apreciados. Eu acho que juntamente com o pão são os bens de sobrevivência mais trabalhosos para o lavrador.

 

 

 

Vindimou-se, pisou-se, encubou-se, comeu-se, bebeu-se e brincou-se com alegria e amizade, por isso é tempo de espremer convenientemente o bagaço aproveitando tudo até à última gota e guardá-lo, esperando que a vez lhe toque no alambique, caseiro (como este) ou industrial como o das Eiras ou de Calvão para se destilar e presentear-nos com uma aguardente divinal daquelas que aquece o corpo e o espírito nos frios dias de inverno que se aproximam a passos largos.

 

 

Suponho que muita gente não fazia ideia do trabalho que dá o vinho, mesmo só falando do seu fabrico final, porque uma vinha é necessário podá-la, descavá-la, tratá-la com várias caldas para evitar as pragas e as doenças, cavá-la, redrá-la, desfolhá-la e visitá-la a miúdo com atenção e olhos de ver para que o produto final seja de boa qualidade.

Fico por aqui com a promessa de que voltarei com novos temas e novas conversas.

Até sempre.



publicado por J. Pereira às 11:26
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Quinta-feira, 9 de Outubro de 2008
Vindimas IV

 

 

Os pipos estão repousando à espera do vinho novo. Foram lavados, desintectados e, secando e escorrendo esperam o novo néctar.

 

 

E depois é isto, a fermentação e o apuramento para que se torne divinalmente delicioso.

 

 

Mas o trabalho ainda não acaba aqui e é necessário dar mais voltas para que outras delícias apareçam.

Amanhã vamos à aguardente. Até lá esperamos que o mosto "ferva" e se componha à espera das primeiras geadas.



publicado por J. Pereira às 21:49
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Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008
Vindimas III

Depois da vindima é necessário pisar as uvas e dar-lhe "trabalho" para que fermentem bem e fique um vinho apurado que só a mestria desta tradição é capaz de fazer.

Por aqui se vai pisando durante algumas horas, sempre em movimento até que no cimo do vinho só apareçam as graínhas das uvas.

 

 

 

É nesta altura que se sai do lagar e se deixa o mosto em repouso durante um dia para que fermente e que todo o cango venha ao de cima. Nesta altura será necessário dar uma nova pisadela ao mosto até que todo o cango vá ao fundo e no cima apareçam novamente apenas as graínhas das uvas.

Quando a "cortiça" (cango) voltar a levantar será hora de encubar.

No entanto após todo este trabalho, a rapaziada tem direito a um lauto jantar, onde aparecem as melhores iguarias da casa.

Durante todos os trabalhos referentes à vindima reina a alegria e a boa disposição porque ainda há vinho velho para animar a malta.

 

 

Bom apetite para todos e amanhã traremos aqui uns pipos que esperam pelo vinho mosto.

 

 

 



publicado por J. Pereira às 10:35
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Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
Vindimas II

 

São horas de começar a vindimar. encontrámos dois ranchos de vindimadores.

Estes andavam mesmo às portas da cidade lá para as Lamarelhas.

 

 

 

 

E este grupo também não andava longe. Vieram do Cando e da Granjinha e fui encontrá-los na Veiga da Granja.

 

 

 

Espero provar do néctar proveniente destas uvas e para isso ficam desde já avisados o Nel e o João Cruz.

 

Amanhã vamos ver como se pisam as uvas.



publicado por J. Pereira às 22:24
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Domingo, 5 de Outubro de 2008
As Vindimas I

Hoje, pensei mostrar uma vindima de Valdanta porque é Outono, o tempo está bom, as uvas estão maduras e é necessário recolher a matéria prima para elaborar o famoso néctar de Baco com que as pessoas se vão deliciar durante o ano e lhes vai dar alma, alegria e força para fazer frente às agruras da vida.

Pensei dedicar apenas um Post às vindimas mas vou ter que fazer mais alguns porque o material é muito e tudo numa só página seria muito pesado.

 

As vindimas - Preparativos:

As pessoas, amigas e convidadas, chegam cedo, mas não se pode começar muito cedo porque há orvalho e á necessário deixar secar as videiras.

 

 

Então é necessário aquecê-los e entretê-los até que a vinha esteja em condições de se poder trabalhar.

Uma "bucha" e um copo para animar enquanto os potes que estão ao lume vão tratando de cozer as iguarias para o repasto final.

 

 

 

 

E agora vamos à vinha que se faz tarde. Pela amostra não se passará sede duarante o ano.

 

 

Antes foi necessário limpar tudo o que vai receber as uvas e o néctar, lagar, vazilhas, dornas e tudo o que possa por em causa a sua qualidade.

Hoje fico por aqui e amanhã vamos vindimar.


sinto-me: Já um pouco tonto

publicado por J. Pereira às 16:02
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J. Pereira
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