Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes.
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Um dia de Primavera no qual, para além de crenças ou descrenças, frivolidades, rotinas, tradições, todos procuram colher umas pétalas de felicidade.
Degredado no ilhéu do desencanto, todavia, calhou-me, também, a sorte de uma pétala colher. Nela estava inscrita a notícia das melhoras do meu Amigo Zé Pereira.
O mar que me rodeia pareceu-se mais sereno; o sol atreveu-se por uma frincha entre as nuvens do meu céu; a aridez dos montes dos meus desenganos salpicou-se detufos floridos de esperanças, mesmo efémeras; e a passarada bravia dedicou-me um chilreio a cantar uma, uma só, Aleluia!
Entusiasmados com o Domingo de Ramos, os anjos e os santos permitiram-se uma semana diabrílica, o que perturbou a saúde de alguns dos meus amigos - Artur, Nando Pluto, João Cruz e Zé Pereira.
Não lhes perdoei. Apareci lá no céu e quis saber quais os culpados. Enquanto não se remirem do descuido em protegerem, «como deve ser», os meus Amigos, dos ataques das gripes, vírus, correntes de ar, impertinências, e outras «maleitas», eu, Tupamaro, Robin da Amizade, condenei-os ao Purgatório.
Ouvi-os já chamar pela Senhora de "Lurdes", das Brotas (está a chegar!), da Lapa (já levaram umas «lapadas»); e até pelo S. Caetano, e Srª. da Saúde! É que só saem de lá «depressa e rápido» se os meus Amigos melhorarem «RÁPIDO E DEPRESSA».
Palavra de Tupamaro!
Domingo de Páscoa.
M-8.4.07
De SexMachine a 9 de Abril de 2007 às 18:06
ó trup amaro,
cumo gozto de toubir!
tu num podez ter agarrapha pur perto, botas te logo a contar istórias. i é cada uma de faser xurar as pedras da calssada.
eu cando bebo maiz qe duas bottles dáme maiz pra drumir mas tu fases malembrar u Tonho A. Leixo na bersaum moderna (ip op - iou) cumo nas nubelas mechicanas qe paçam aqi .
contas istórias cuma cimplissidade qe me fases alembrar a minha tia Alzira (qe Deus atenha).
by the way, tamem tinha açim ece geito meio melado, nunca xigabamos a oubir o fim da istória purqe todos adromessiam antes...
um avrasso amaro,
e gosto doubir as tuas istórias
Niu Bedford - april 2007
De A.Cruz a 11 de Abril de 2007 às 18:56
Tupamaro e a Capela da Granjinha, duas pérolas deste pedaço abandonado e esquecido...
Tupamaro erradia, dedicação e estima pelos amigos e está "embeiçado" pela sua Granjinha!
A capelinha como que a resistir aos atropelos dos seus carrascos e embevecida com as palavras do poeta que um dia lhe dedicou, continua altiva.
E também eu, estou grato ao poeta pelas suas palavras:
Granjinha, Chaves, 7 de Setembro de 1986
- Uma capelinha visigótica arruinada perdida entre ramadas, com um original pórtico ornado de figuras zoomórficas que são desafios em pedra à imaginação. No telhado, uma airosa cruz vazada parece querer levantar voo. E dentro, por detrás do tosco altar de talha que durante séculos a escondeu, a mais bonita ara romana que se pode ver. É assim. O nosso génio criador, por mais que se exceda, acaba sempre nisto: num pungente testemunho de que só a incompreensão e o abandono esperam no futuro as obras de qualquer presente.
Miguel Torga, In Diário XIV, 1987
De Sem Nome a 11 de Abril de 2007 às 22:36
Com esta «intervenção» do A. Cruz, um Granjinhadino, pelo menos, ficou que ....nem...um chícharro!!
Qui sera?!
De A.Cruz a 15 de Abril de 2007 às 13:06
Mais um grupo de turistas na Granjinha, um autocarro com perto de 50 pessoas, vindas da Capital.
Entre os turistas um «revolucionário» Otelo Saraiva de Carvalho!
A Granjinha está na moda...local de encontro de poetas, revolucionários e muitos anónimos que visitam a "jóia " mas os políticos parecem continuar a desprezá-la!!!
O adro da Capela continua em terra batida sem qualquer drenagem de águas que proteja o monumento.
O IPAR , pelos vistos acha que é muito complicado intervir e então é preferível um dia deixar cair.
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