Imagens, Comentários e Estórias de Valdanta (Chaves) e das suas gentes.
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O Cando é, sem qualquer dúvida, uma das aldeias mais bonitas e acolhedoras que conheço. As suas gentes destacam-se pelo fino trato, personalidade e inteligência invulgares, além do elevado cariz hospitaleiro. São gente amiga, trabalhadora, alegre e de elevado espírito de solidariedade. Da gente do Cando, pode-se dizer com toda certeza e convicção, que é gente nobre e boa.
Tem vestígios de um passado histórico com grande importância e destaque, principalmente nos tempos do domínio Romano, pois por ali terão passado as principais vias de comunicação que ligavam Bracara Augusta a Asturicam. Possui, como documentos históricos, pedras com insculturas rupestres e um lagar com lagareta escavados na rocha. Sobre este assunto, apenas deixo aqui aquilo que encontrei escrito pelos historiadores e entendidos na matéria, porque eu, não sou, de todo, um especialista no assunto.
Vou-vos falar das principais famílias que a habitam. Consta-se que uma das primeiras famílias a instalar-se no Cando foi a família Pereira por parte do pai do senhor José Pereira (velho), sendo este filho a dar continuidade e povoamento à aldeia. Casou com uma mulher proveniente de Soutelo chamada Martinha que servia em casa de seus pais e tiveram 11 filhos dando assim continuidade ao povoamento do Cando. Desses 11 filhos, quase todos casaram no Cando, e por isso é que aqui quase toda a gente é Pereira.
Chegaram, entretanto, outras famílias, como os Carneiro, os Cruz, os Romão, os Aveleda e os Azevedo que deram crescimento e importância à povoação. Todas estas famílias se foram misturando umas com as outras sem grande afastamento das origens, casando uns com os outros. Não foram muitos os casamentos realizados com pessoas das aldeias vizinhas, mas houve-os e foram de primordial importância nas relações com gente de outros lugares.
Desta mistura quase caseira saíram algumas pessoas que se realçaram e destacaram das demais, e é precisamente essas pessoas que quero, hoje e aqui, homenagear, realçando o esforço e capacidade em prol da evolução e destaque da terra que os viu nascer. Quero dizer que não possuo qualquer documento ou biografia das pessoa que vou enaltecer e também que, outras haverá merecedoras do mesmo, ou até melhor tratamento, mas esses eu desconheço-os e peço aos visitantes deste Blog que o façam nos seus comentários e ajudem a repor uma verdade que poderá estar adulterada.
José Carneiro – Ex-padre, advogado e professor em Coimbra.
Domingos Carneiro – Professor do ensino secundário e ex-presidente do conselho directivo do antigo Liceu Fernão de Magalhães em Chaves.
Luís Carneiro- Padre e missionário em Roma e Moçambique.
Carneiro Rodrigues – Pintor.
João Cruz – Funcionário do Registo Civil em Chaves.
Francisco Ribeiro – Oficial superior do Exército.
Lembro também pessoas como a senhora Ana Soutelinho, o sr. Quim Aveleda, o sr. Francisco Azevedo, o sr. José da Cruz (Morilho), a senhora Augusta, a senhora Amélia Barroco, o senhor Mateus, o sargento Jaime e tantos mais que sempre se empenharam e honraram a sua terra.
Não queria falar em mais nenhum Pereira em especial, mas não resisto em falar no sr. Zé d’Avó, José Luís de seu nome e no Benjamim Pereira, a quem saúdo com muita amizade. Do meu tempo, volto a lembrar o Chico Ribeiro, o Carlos Ribeiro, o padre Luís Carneiro, o Zé Manuel Azevedo, o Alfredo Azevedo, o Alfredo e Arménio Aveleda, o Roulo, o Zé e o Quim Carneiro, o Menino, o João, o Victor e o Jaime (Jaiminho).
Não podia deixar de falar nas raparigas do Cando, por quem tenho muito carinho, até porque são quase todas da minha família, lembro, A Germana, a Aldina, a Teresa, a Maria José, a Leonor, a Júlia, a Ester, a Constança, a Maria, e mais de quem não recordo o nome. Destas raparigas recordo com um sorriso e alguma saudade os tempos do “Queijo de Valcerdeira”.
Sei que há gente mais nova com algum realce e muita importância que merecem ser aqui considerados, mas com a ideia de que serão lembrados pelos comentaristas vou apenas saudar um amigo e primo que é meio do Cando e meio da Granjinha e, ainda por cima, casado com uma “Pereira”, descendente do Cando, o Tó Zé Petim Cruz, que nos tem dado muito apoio e encorajamento na feitura deste Blog.
Para toda esta gente boa do Cando o meu respeito e a minha amizade.